Do Aurélio Eletrônico:
intelecção
[Do lat. tard. intellectione, ‘sentido’, ‘significação’; ‘sinédoque’; a acepç. vernácula deve-se à influência de intelecto.]
Substantivo feminino.
1.Ato de entender, conceber, compreender.
Por vezes me pego pesquisando, aos trambolhões, páginas e mais páginas por alguma razão, principalmente através dessa ferramenta mundial, símbolo máximo do que pode ser ideal na globalização -- o google.
Às vezes essas pesquisas me conduzem a alguns blogs onde parece estar exposto um intelectual, alguém que lê tudo e todos e faz comentários que não exigem mais que 30 segundos para leitura. Depois de lido, no entanto, alguma coisa na neurologia do leitor não é mais a mesma coisa. Heráclito que o diga.
Sexta-feira passada eu ouvi uma professora de cursos de pós-graduação sobre metodologia científica falando, em auditório, sobre aspectos necessários, praticamente obrigatórios, em uma monografia. Normas da ABNT, justificativa, método.
Dentre essas coisas, uma observação. Explicar tudo, tudo mesmo. Traduzir tudo. E depois colocar em notas de rodapé o original, para que saibam que aquilo que você traduziu não foi uma tradução louca.
Conquanto possa existir algo que remonta ao jardim de infância -- quando por dois dias fui perseguido por uma professora em volta de um canteiro quadrado no jardim do jardim, porque eu simplesmente não queria ficar sentado na mesinha quadrada com quatro duras cadeiras, trabalhando em "equipe" com outras crianças e aprendendo a noção que ela tinha do que é viver em sociedade -- tenho de refletir que há alguma coisa de específico, de necessário, na atitude dela.
No meu caso, porém, fico cansado de ouvir essas coisas, talvez porque esteja muito acostumado a seguir esse tipo de regras. Canso-me mais ainda quando vejo que há aqueles que nunca as seguiram, nem para saber se tinham sentido, e parecem mais cansados do que eu.
Mas enfim, é isso mesmo: não podia haver algo verdadeiramente intelectual nessas minhas palavras, uma vez que o ato de entendimento aqui contido é mais uma expressão de cansaço, de falta de concepção, do que da compreensão.
Este, então, é um espaço de reflexão: da decadência, por quem gostaria de não ser tão decadente. E torço para que, nas próximas postagens, apareça algo melhor para ser lido.
intelecção
[Do lat. tard. intellectione, ‘sentido’, ‘significação’; ‘sinédoque’; a acepç. vernácula deve-se à influência de intelecto.]
Substantivo feminino.
1.Ato de entender, conceber, compreender.
Por vezes me pego pesquisando, aos trambolhões, páginas e mais páginas por alguma razão, principalmente através dessa ferramenta mundial, símbolo máximo do que pode ser ideal na globalização -- o google.
Às vezes essas pesquisas me conduzem a alguns blogs onde parece estar exposto um intelectual, alguém que lê tudo e todos e faz comentários que não exigem mais que 30 segundos para leitura. Depois de lido, no entanto, alguma coisa na neurologia do leitor não é mais a mesma coisa. Heráclito que o diga.
Sexta-feira passada eu ouvi uma professora de cursos de pós-graduação sobre metodologia científica falando, em auditório, sobre aspectos necessários, praticamente obrigatórios, em uma monografia. Normas da ABNT, justificativa, método.
Dentre essas coisas, uma observação. Explicar tudo, tudo mesmo. Traduzir tudo. E depois colocar em notas de rodapé o original, para que saibam que aquilo que você traduziu não foi uma tradução louca.
Conquanto possa existir algo que remonta ao jardim de infância -- quando por dois dias fui perseguido por uma professora em volta de um canteiro quadrado no jardim do jardim, porque eu simplesmente não queria ficar sentado na mesinha quadrada com quatro duras cadeiras, trabalhando em "equipe" com outras crianças e aprendendo a noção que ela tinha do que é viver em sociedade -- tenho de refletir que há alguma coisa de específico, de necessário, na atitude dela.
No meu caso, porém, fico cansado de ouvir essas coisas, talvez porque esteja muito acostumado a seguir esse tipo de regras. Canso-me mais ainda quando vejo que há aqueles que nunca as seguiram, nem para saber se tinham sentido, e parecem mais cansados do que eu.
Mas enfim, é isso mesmo: não podia haver algo verdadeiramente intelectual nessas minhas palavras, uma vez que o ato de entendimento aqui contido é mais uma expressão de cansaço, de falta de concepção, do que da compreensão.
Este, então, é um espaço de reflexão: da decadência, por quem gostaria de não ser tão decadente. E torço para que, nas próximas postagens, apareça algo melhor para ser lido.
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